Preso em agosto, um dos suspeitos envolvidos na morte de Pedrinho Matador é ouvido pela polícia.
Preso em agosto, um dos suspeitos envolvidos na morte de Pedrinho Matador é ouvido pela polícia.
O homem, de 34 anos, foi ouvido nesta quarta (13) no Setor de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP), em Mogi das Cruzes, para esclarecer uma das execuções mais sangrentas já vistas em plena luz do dia, no bairro da Ponte Grande em Mogi das Cruzes.
No dia 5 de março de 2023, Pedrinho Matador, matador de aluguel a quem eram atribuídas mais de 100 mortes, foi executado e degolado por 2 homens não identificados em frente à porta da sua casa, no bairro da Ponte Grande.
De acordo com o delegado do caso, Rubens José Ângelo, já existiam dois mandados de prisão preventiva por roubo e receptação, pela vara da capital e pela Vara Federal de Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, contra o suspeito de praticar o crime. Ele é o primeiro suspeito ouvido pela polícia. O outro suspeito continua foragido.
Pedro Rodrigues Filho, o Pedrinho Matador, tinha 68 anos quando foi morto. Ele estava livre desde 2018, após cumprir pena de 42 anos de prisão.
Pedrinho foi preso pela primeira vez em 1973, depois de completar 18 anos. Ele contou que cometeu o primeiro assassinato em Santa Rita do Sapucaí, em Minas Gerais, aos 14 anos, matando a tiros o então prefeito da cidade que, segundo ele, tinha demitido seu pai como vigia de um colégio municipal.
Em uma entrevista para a revista "Época", de 2003, o assassino em série disse que teria matado mais de cem pessoas, incluindo crimes cometidos dentro do sistema prisional. Em liberdade, Pedrinho criou um canal no Youtube e também mantinha um perfil no TikTok.
Em um dos vídeos, mostrou um livro em que conta a sua história. Simplesmente, sou um assassino, sempre fui". Ele disse ainda não ter arrependimentos. Entre as suas tatuagens, imagens de punhais e a frase "mato por prazer"
No dia do assassinato, segundo o depoimento de uma familiar à polícia, Pedrinho estava sentado em uma cadeira em frente à casa dela quando um veículo parou na rua e, então, duas pessoas, armadas, desceram do carro. Um dos homens, que utilizavam máscaras, teria dito "não é nada com você, não. Pega sua filha e entra para dentro".
Na sequência, os dois homens efetuaram os disparos contra Pedrinho. Um dos suspeitos, com uma faca de cozinha, perfurou a garganta da vítima, que já estava caída. Após a ação, os criminosos voltaram para o carro e fugiram e uma outra pessoa surgiu no portão da casa gritando que havia chamado a polícia.
O celular de Pedrinho foi coletado pela equipe do Setor de Homicídios de Mogi das Cruzes. Já o carro encontrado pela PM e um galão encontrado próximo do veículo foram apreendidos.
O caso foi registrado como homicídio qualificado.